Olá!
Continuando no terceiro episódio desta rubrica Empreendedora in the Making, recordo que anteriormente:
a) encontrei a minha ideia de negócio;
b) descobri que o enquadramento legal era difícil;
c) encontrei uma pessoa disposta a ajudar-me a ultrapassar estes obstáculos.
Vim a descobrir que as soluções apresentadas pelo meu "mentor" de negócio do continente, não eram aplicáveis à Região Autónoma dos Açores. É que apesar de sermos todos Portugal e de haver uma lei geral, quem aprova os projectos turísticos da região é um organismo diferente, com regulamentos regionais próprios e eles não aceitaram a minha proposta.
À segunda vez, a ideia de negócio original morreu definitivamente. E hoje, passado já meio ano, chego à conclusão que era assim que tinha de acontecer e já vejo a ideia com outros olhos. Actualmente, já não acredito tanto na viabilidade do negócio, pois envolveria viaturas muito antigas, com um histórico de muitas avarias e grande consumo de combustível. Penso que seria um negócio mais para me dar chatices do que outra coisa e já não penso mais no assunto.
Reajustei a ideia de negócio de modo a que tivesse um enquadramento legal, ou seja, as viaturas passaram de vintage para novas, mas com um design muito especial, jovem e apelativo. Entretanto, a vida deu muitas voltas e tive que deixar esta ideia em stand-by para lidar com a maior tragédia da minha vida, a morte da minha mãe.
Uma morte na consequência de uma situação clínica que no caso da minha mãe foi silenciosa e que foi descoberta por acaso, dois aneurismas cerebrais. Uma situação que culminou com a nossa ida para Lisboa para a minha mãe ser operada (estas intervenções não se fazem nos Açores), uma intervenção que devia ter prevenido uma morte precoce e que foi afinal o seu fim.
Esta é uma situação para a qual nunca estamos preparados para lidar. É um acontecimento recente e com o qual ainda me debato.
Para além de ter de lidar com a carga emocional de ter perdido a minha mãe, estou a sofrer de ansiedade com as consequências que isso trouxe para a minha vida e que ainda estão dependentes de respostas de entidades que tardam em chegar (seguro de vida e caixa geral de aposentações).
No espaço de um mês (desde o diagnóstico ao falecimento da minha mãe) a minha vida ficou do avesso. Tenho "n" decisões em suspenso sobre que passos vou dar a seguir e vários planos mentais para diferentes cenários que possam vir a acontecer.
Agora não tenho outro remédio senão esperar, mas esperar é desesperar. E a minha ansiedade não diminui com tanta responsabilidade em cima da minha pessoa.
Por enquanto, os projectos de empreendedorismo têm que ficar à espera também. Mas espero que tudo corra pelo melhor e poder trazer novidades em breve.
Os projectos vão num bom caminho, por isso tenho confiança que o resultado seja bom!
ResponderEliminarEm conjunto havemos de ultrapassar os obstáculos que forem aparecendo, uns mais fáceis, outros nem tanto.
Beijinho grande